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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CRUZ CREDO



Num aposento os seus movimentos
rompem o silêncio que o sono tem
Abriu as janelas para a praça deserta

 um luar prateado e uma noite serena

Viu uma morena de cabelos trançados
no banco sentada de pernas cruzadas
Vestiu uma roupa passada e cheirosa
desceu as escadas e não viu ninguém

Ouviu um apito e olhou à distância
vendo a morena embarcando no trem
Nesse momento assustado e atento
escutou uma voz vinda do além

Em gargalhadas lhe diz que a morena
é um'alma penada a procura de alguém
Diz-lhe também: - Vai deitar seu moço,
ore um "Pai Nosso" que o sono "já vem"

Saiu disparado tropeçando às escadas
com a calça molhada e borrada também
Trancou bem a porta, fechou as janelas
de luzes acesas, deitou-se na cama

Sem tirar as roupas, cubriu a cabeça
com dois travesseiros e um cobertor
Ainda temendo pela voz do além
 

tremendo nem orou o "Pai Nosso",

falou bem baixinho: -"Cruz Credo"!!!
e gritou um: - Amém !!!


Men@
®

Um comentário:

O MeNiNo SeM JuIzO foi escrever versos nas estrelas.
Em memória dele, continuaremos a divulgar as suas poesias, algumas já publicadas, outras inéditas, para que o tesouro que ele nos deixou continue a viver.
Os vossos comentários continuam a ser importantes.
As obras têm seus direitos autorais totalmente reservados.
Sejam bem vindos!